Ah, pois!
«No meu país de pachecos safam-se os parentes, os papalvos, os palermas. Perfilam-se os padres, perde-se o pudor, prefere-se o penacho, pede-se paciência, pinta-se o pior, publica-se o pastel, pertence-se à pandilha, perfila-se o partido, promove-se o pelintra. Perguntas-me: porquê? Porque no meu país de prados, pachecos e outros piolhos públicos, se permite toda a patetice, se promulga toda a pulhice, e se perdoa toda a porcaria. E pronto. Procuram pisar-te. Neste Portugal dos pequeninos pagas portagem para tudo. Se pias, proíbem-te. Se não pagas, penhoram-te. Ah, pois!.»
Joaquim Pessoa,
in "Ano Comum".
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