"A escola é o lugar para aprender que o amor à vida não se demonstra só através do jogo, mas também cumprindo atividades socialmente necessárias e sobretudo desenvolvendo uma vocação, por mais humilde que aparentemente seja". F. Savater
terça-feira, 27 de dezembro de 2011
quarta-feira, 14 de dezembro de 2011
Quando vier a primavera
Quando vier a primavera,
Se eu já estiver morto,
As flores florirão da mesma maneira
E as árvores não serão menos verdes que na primavera passada.
A realidade não precisa de mim.
Sinto uma alegria enorme
Ao pensar que a minha morte não tem importância nenhuma.
Se soubesse que amanhã morria
E a primavera era depois de amanhã,
Morreria contente, porque ela era depois de amanhã.
Se esse é o seu tempo, quando havia ela de vir senão no seu tempo?
Gosto que tudo seja real e que tudo esteja certo;
E gosto porque assim seria, mesmo que eu não gostasse.
Por isso, se morrer agora, morro contente,
Porque tudo é real e tudo está certo.
Podem rezar latim sobre o meu caixão, se quiserem.
Se quiserem, podem dançar e cantar à roda dele.
Não tenho preferências para quando já não puder ter preferências.
O que for, quando for, é que será o que é.
Alberto Caeiro
1889-1915
Poesia
Alberto Caeiro; edição Fernando Cabral Martins, Richard Zenith
Assírio & Alvim
domingo, 11 de dezembro de 2011
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
Temos ou não controlo sobre aquilo que fazemos?
“Tudo por causa de uma coisa tão pequena?”
“Sim. Mas atenção. Já estava determinado que tu irias prender a aba do casaco à porta do carro. É que vestiste mal o casaco de manhã. E vestiste-o mal porque acordaste mal disposto. E acordaste maldisposto porque dormiste pouco. E dormiste pouco porque te deitaste tarde. E deitaste-te tarde porque tinhas um trabalho para fazer para a faculdade. E tinhas esse trabalho a fazer por isto ou por aquilo. Tudo é causa de tudo e provoca consequências que se tornam causas de outras consequências, num eterno efeito de dominó , em que tudo está determinado mas permanece indeterminável. O próprio motorista de camião podia ter travado a tempo, mas não o fez porque viu uma rapariga bonita a passar e olhou para o lado. E a rapariga passou ali naquele instante porque se atrasou. E ela atrasou-se por causa de um telefonema do namorado. E o namorado ligou-lhe por isto ou por aquilo. Tudo é causa e consequência.»
OCDE: O maior fosso entre pobres e ricos dos últimos 30 anos
Fonte:http://www.hrportugal.pt/2011/12/06/ocde-maior-fosso-entre-pobres-e-ricos-dos-ultimos-30-anos
domingo, 4 de dezembro de 2011
Pensamentos à solta
Karl Marx, filósofo alemão (1818-1883)
Que pensar desta afirmação nos tempos que correm?
quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
Hoje é Dia Mundial de Luta Contra a Sida
in página da Coordenação Nacional para a Infeção pelo VIH/Sida.
O spot publicitário português CINCO RAZÕES PARA NÃO USAR PRESERVATIVO foi considerado o melhor anúncio governamental europeu de prevenção da sida no European AIDS Video Contest 2009.
terça-feira, 29 de novembro de 2011
Acerca da artista plástica que inspirou o cartaz de divulgação do GIAA
"Estudou Pintura na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa, foi bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian em Paris, 1959, onde se interessou mais pela vida cultural do que pela vida académica. Em 1967 realiza a sua primeira exposição individual de pintura na galeria Buchholz, Lisboa. O desejo de fuga da tela transparece nos primeiros trabalhos de Helena Almeida, onde tenta romper com os limites da pintura e sair do suporte, transgredindo de forma literal os limites do espaço da obra de arte"
Nota de agradecimento
Agora que a obra está feita, alguns agradecimentos se impõem. Em primeiro lugar, aos artistas Rita Carneiro e Vasco Carvalho, alunos do 10ºG, que prontamente aceitaram participar no projeto de divulgação do Gabinete de Informação e Apoio ao aluno (GIAA). Produzidas as fotografias, ouvidos os conselhos da professora de Desenho, feito o arranjo fotográfico e aí está, na porta do nosso Gabinete, o produto final da boa vontade de todos os intervenientes.
E porque participar em projetos de escola vale sempre a pena, por muito difíceis que sejam as circunstâncias, um muito obrigada à professora Nélia Miranda pela colaboração e disponibilidade!
domingo, 27 de novembro de 2011
quarta-feira, 23 de novembro de 2011
Sentimentos cansados
Recorra aos dispositivos da imagem, sabendo que ela lhe dará um acesso rápido aos recursos da sua alma.
Evite os atolamentos da tristeza e acenda a luz que lhe irá trazer uma futura manhã quando o seu tempo se estiver a esgotar.
Se precisar de substituir os sentimentos cansados da existência, reinstale o desejo no painel do corpo e imprima os sentidos em cada nova palavra.
Não precisa de dominar todos os requisitos do sistema: limite-se a avançar pelo visor da memória, procurando a ajuda que lhe permita sair do bloqueio.
Escolha uma superfície plana e deslize o seu olhar pelo estuário da estrofe, para que ela empurre a corrente das emoções para a foz. Verifique então se todas as opções estão disponíveis e descubra a data e a hora em que o sonho se converte em realidade, para que poema e vida coincidam...
Nuno Júdice
http://ilhadeserta1.blogspot.com/2011/11/use-o-poema-para-elaborar-uma.html
domingo, 20 de novembro de 2011
“We Are The Many” Makana
Sugestões de atividades: pesquisar/traduzir a letra da música; relacionar com o contexto social e económico atual; descobrir influências musicais...
quinta-feira, 17 de novembro de 2011
7 ideias filosóficas que toda a gente deveria conhecer
Para que serve a Filosofia?
Desidério Murcho, 7 ideias filosóficas que toda a gente deveria conhecer, Bizâncio, pp 135,136
quarta-feira, 16 de novembro de 2011
Porque amanhã é o Dia da Filosofia
“Ousa pensar”, como diria o filósofo alemão Immanuel Kant, e, amanhã, dia 17 de novembro de 2011, utiliza o blogue “Dialogar” como um espaço privilegiado para a argumentação e o debate de ideias.
Sugestões de temas? Ilimitadas como o próprio objeto da filosofia…
segunda-feira, 14 de novembro de 2011
Estamos todos ligados
Para saber mais: http://wwf.panda.org/how_you_can_help/campaign/
quinta-feira, 10 de novembro de 2011
A adolescência vista pelo 10º B
Ser adolescente é… um estado de espírito? Um posto? Uma fase transitória? É algo? Talvez sim ou talvez não.
É ser uma criança grande e um adulto pequeno, que constantemente comete erros.
É um tempo de indecisão e incertezas, onde a nossa maior preocupação é o que os outros pensam de nós e não o que somos. É um conflito interno, entre o que queremos e o que não devemos.
Afinal a adolescência … é um tempo de mudanças, de desafios e de incertezas. Mudanças que podem ser positivas, mas também a causa de tanta insegurança. Inseguro de quem somos, inseguros de quem devemos ser, inseguros do nosso corpo, da nossa mente, ainda que o tentemos esconder.
Que etapa é esta socialmente tão valorizada, ao ponto de escrevermos textos sobre ela?
Mais importante do que escrever textos sobre esta fase da vida é vivê -la e ser feliz!
domingo, 6 de novembro de 2011
Projeto "Por um objectivo"
O projeto “Por um objectivo” assume como público-alvo os jovens e como principal finalidade a divulgação dos oitos objectivos de desenvolvimento do milénio.
Para saber mais:
http://por1objectivo.org/index.php?mod=objectives
sexta-feira, 4 de novembro de 2011
Projeto "Playing for change"
segunda-feira, 31 de outubro de 2011
O perigo de não dormir o suficiente.
Segundo o estudo, a privação de sono "desliga" a região do lóbulo pré-frontal, que normalmente mantém as emoções sob controlo, provocando nos centros emocionais do cérebro uma reacção exagerada a experiências negativas.
O novo estudo da Escola Médica de Harvard e da Universidade da Califórnia, em Berkeley, é o primeiro a explicar ao nível neural o que parece ser um fenómeno universal: que a perda de sono conduz a um comportamento emocional irracional, de acordo com os investigadores.
A descoberta pode também oferecer algumas explicações clínicas para a relação entre as interrupções de sono e alguns problemas psiquiátricos, podendo ajudar com novos mecanismos para tratar estas desordens ao nível cerebral.
"O sono parece restaurar os nossos circuitos emocionais no cérebro e, ao fazer isso, prepara-nos para os desafios e interacção social do dia seguinte", disse Mathew Walker, da Universidade da Califórnia, Berkeley.
"Mais importante, este estudo demonstra o perigo de não dormir o suficiente. A privação de sono quebra os mecanismos do cérebro que regulam os pontos-chave da nossa saúde mental", salienta.
Os cientistas já sabiam que a privação de sono prejudica um enorme conjunto de funções corporais, incluindo o sistema imunitário e de metabolismo e os processos cerebrais de aprendizagem e memória.
No entanto, esta é a primeira vez que se prova o papel do sono no governo do estado emocional do nosso cérebro.
No estudo, a equipa de Walker distribuiu 26 pessoas por um grupo de privação de sono durante 35 horas ou por um grupo em que o sono era permitido normalmente.
No dia seguinte, os cérebros dos participantes foram fotografados por ressonância magnética, processo que mede a actividade cerebral com base na pressão sanguínea, enquanto viam 100 imagens.
Ao princípio, os participantes no estudo encaravam as imagens como emocionalmente neutrais, mas ganharam-lhes cada vez mais aversão com o tempo.
"Prevíamos um potencial aumento de reacção emocional no cérebro com o sono, mas a dimensão do aumento surpreendeu-nos deveras", disse o investigador, referindo que os centros emocionais do cérebro "estavam cerca de 60 por cento mais reactivos debaixo das condições de privação de sono do que em sujeitos que tinham dormido normalmente".
Sem sono, o cérebro reverte até a um mais primitivo padrão de actividade, tornando-se incapaz de contextualizar experiências emocionais e produzir respostas apropriadas e controladas, acrescentam os investigadores.
domingo, 30 de outubro de 2011
O psiquiatra e a adolescente: um diálogo exemplar
http://www.forum.pt/estudantes/perguntas-tu/1473
Eu decidi ser psiquiatra por influência de uma professora do Liceu Pedro Nunes, Maria Luísa Guerra, que era professora de Psicologia e de Filosofia e que ainda está viva e com quem ainda hoje converso. Foi ela que me interessou pela Psicologia... Depois os cursos de Psicologia, nessa altura, estamos a falar dos anos 60, ainda estavam pouco desenvolvidos em Portugal e como tinha um pai médico resolvi ir para Psiquiatria, mas fui para Medicina já com a ideia de seguir Psiquiatria, mas poderia ter sido psicólogo também.
- Que conselho dá aos jovens quando se deparam com tantas pressões dos pais, notícias de desemprego, vocação, saídas profissionais…
O primeiro conselho que eu dou às pessoas é, em primeiro lugar, que se imaginem 20 anos depois. Quando a pessoa tem 14 ou 15 anos e tem de começar a fazer escolhas nas áreas do 10º ano deve procura imaginar-se com 35 anos e ver como é que se concebe nessa altura e se sentir um desejo muito forte de ter uma determinada profissão acho que isso é o principal. Acho que não se deve ir para outra coisa ou porque não há emprego, ou porque os pais discordam, ou porque as pessoas acham que não é bom. Acredito mais nisso do que em testes psicológicos ou em outra forma de saber o que é que a pessoa quer fazer.
Depois acho que é bom falar com muita gente - algumas escolas já têm várias profissões que vão lá falar da vida dessas pessoas e eu acho que é útil contactar com muita gente e ver como é que as pessoas vivem a sua profissão
- Acha que os jovens de hoje em dia estão, por assim dizer, mais sujeitos a distúrbios como o bullying, anorexia, problemas relacionados com a sexualidade ou suicídio do que há umas décadas atrás, pela mudança dos tempos, pressão dos colegas, publicidade, internet e meios de comunicação social?
Não, não acho nada disso. As doenças psiquiátricas têm uma prevalência semelhante. A anorexia nervosa, ao contrário do que vem nos jornais, não tem aumentado, continua a ser uma doença rara. Agora há mais casos de bulimia, mas as doenças de comportamento alimentar não têm aumentado significativamente, o mesmo acontece com a esquizofrenia e a doença bipolar, têm-se mantido estáveis. Há é novos problemas e novas maneiras de encarar os problemas. Mesmo o fenómeno do bullying, que agora é muito falado, já existia antes - agora tem novas formas como o bullying através da internet e é estudado de forma diferente e fala-se mais do assunto… Mas não acho que os jovens de hoje tenham mais problemas do que os jovens de há 20 ou 30 anos. Têm, pelo contrário um maior conhecimento das situações, mais informação e têm, muitas vezes, situações diferentes, não quer é dizer que sejam mais graves.
- Também tem filhos. Como podem os pais ou os colegas perceber se algum aluno ou colega está a passar por um distúrbio que possa requerer a ajuda de um profissional?
A primeira coisa é a dificuldade que existe por parte dos adultos, porque muitos adultos não gostam de falar com gente nova: pais, professores… Há muitos adultos que dizem que se interessam muito com os problemas da juventude, mas isso não corresponde a uma prática… É um interesse teórico, porque para se perceber o que se passa com um jovem, uma criança ou um adolescente é preciso falar muitas vezes com ele, mais do que com um adulto, porque o adulto tem mecanismos mais fáceis de dizer aquilo que se passa consigo próprio. Nos adolescentes e nas crianças, muitas vezes, é através de um comportamento que nos faz perceber que a pessoa não está bem - ou porque deixa de comer ou deixa de dormir ou porque toma drogas ou porque tenta o suicídio… Portanto, é preciso estar muito atento aos sinais de alarme, mas para estar muito atento aos sinais de alarme é preciso ter capacidade de ouvir e ouvir através daquilo a que chamamos escuta activa: ouvir o jovem e ir fazendo algumas perguntas para clarificar as respostas. O que é fundamental perceber é se os comportamentos dos jovens são episódicos ou, pelo contrário, são persistentes. Um comportamento desadaptado persistente deve merecer a nossa atenção. Por exemplo, é perfeitamente possível que um jovem tenha uma negativa se ele persistir em ter muitas negativas e reprovar, isso é um comportamento que deve chamar a nossa atenção. Se um jovem falar que se quer suicidar, é um sinal de alarme, mas precisamos de saber a seguir se ele quer manter essa ideia, ou seja, temos de ir acompanhando, falando muito e, sobretudo, ouvindo muito para percebermos o que é que se está a passar e isso às vezes os adultos não têm tempo e eu diria que às vezes também não têm grande capacidade de ouvir. Esse é um dos grandes problemas da relação das pessoas mais velhas com as pessoas mais novas. (...)
- Em relação aos jovens, quais são os casos mais frequentes que lhe aparecem no consultório?
Os casos mais frequentes são os casos de ansiedade e depressão, são as patologias psiquiátricas mais frequentes – são os jovens que têm problemas de ansiedade em relação aos estudos, em relação à família… Em relação ao grupo dos jovens é a depressão, essa sim, agora mais frequente, portanto, há muitos jovens que aparecem com depressão e com ansiedade.
- Qual o caso que mais o marcou?
Há muitos casos que me marcaram. Talvez aquele que me tenha impressionado mais foi uma intervenção domiciliária que nós fizemos num jovem que estava fechado em casa, em que fizemos durante bastante tempo entrevistas com a família em que ele não participava e através de 12 ou 13 idas lá a casa, conseguimos que ele começasse a participar nessas reuniões com a família e hoje em dia tem uma vida normal, o que significa que deu muito trabalho, mas que valeu a pena. Infelizmente não se pode fazer isto para todos os jovens que o necessitariam de fazer, porque isto consumiu muito tempo, mas é uma prova de que não se deve desistir, porque parecia a princípio uma situação que iria terminar num internamento compulsivo – ele ia ser obrigado a ser internado e através desta actividade persistente de idas lá a casa nós conseguimos resolver esta situação de casa e pô-lo na escola.
- Como era o Daniel Sampaio no Ensino Secundário: rebelde, certinho…?
Isso há muitas histórias… Eu nunca fui muito certinho, como estudante do secundário eu era muito contestatário, temos de perceber que estávamos na época de Salazar e eu pertencia a uma coisa chamada Comissão Pró Associação dos Liceus, que era um movimento associativo dos liceus, das escolas secundárias, não era permitido que os estudantes se reunissem e a Comissão Pró Associação dos Liceus era considerada uma estrutura comunista, porque tudo o que era contra o regime era considerado comunista. Eu integrei essa comissão Pró Associação e fiz várias iniciativas, fiz conferências, fiz reuniões… Essa foi uma característica da minha participação no Liceu Pedro Nunes, que era aliás um liceu de elite na altura, onde fui aluno dessa professora Maria Elisa Guerra de que eu falei há bocado, e doutros professores muito bons. Era um liceu de elite, porque havia as escolas industriais e comerciais e eram os meninos com mais posses que iam para o Liceu Pedro Nunes, que era um liceu muito bom, mas que existia num regime autoritário.
Portanto, nós não tínhamos a possibilidade de nos associarmos para rigorosamente nada. Portanto, essa época foi muito de fazer comunicados, fazer textos, tentar fazer conferências, um jornal e guardo muito boas recordações dessa época, porque apesar de ser proibido, tivemos muitos professores que nos apoiaram nessas iniciativas. Foi mais uma vez um exemplo de que vale a pena lutar pelas coisas.»
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
Se a adolescência fosse uma música seria...
Esta é a irreverente escolha do 10º F, em resultado de um processo democrático de votação realizado na sala de aula.
Mas o que terá conduzido à escolha do clássico “ Another brick in the Wall”? Uma crítica a um modelo de ensino autoritário? Uma rejeição de um modelo social assente na reprodução de normas e valores? Uma afirmação de inconformismo e autonomia?
Se a adolescência fosse um poema seria...
Se a adolescência fosse um poema seria... Na minha opinião, "Cântico Negro" de José Régio (1901-1969).
terça-feira, 18 de outubro de 2011
Pensamentos à solta
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
Pensamentos à solta
“Vivemos num mundo de desigualdade e diversidade. Mundo esse que está dividido, grosso modo, em três espécies de nações: aquelas em que as pessoas gastam rios de dinheiro para não aumentar de peso, aquelas em que as pessoas comem para viver e aquelas cuja população não sabe de onde virá a próxima refeição”.
David S. Landes, "A Riqueza e a Pobreza das Nações".
Vale a pena recordar!
Compreender uma obra de arte
Tela Habitada, Helena Almeida, 1976 (1,65 X 1,25 m), Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa
Atividade:
A artista refere: “o que eu quero é tratar de emoções; são maneiras de contar uma história”. Tenta “colocar-te” no lugar da artista e escreve uma pequena história inspirada nesta obra.
Textos dos alunos:
Ali estava eu, pintada numa tela, alvo de olhares críticos e curiosos, a ver os dias passarem e a sentir-me cada vez mais …Sentir?
Que verbo maldito é esse?
A única coisa que sei é que os olhares das pessoas que passam, dos casais, das crianças, possuem algo de sobrenatural, algo que esta sobreposição de camadas de tinta não me deixa ter!
Ah! O quanto eu dava para, por um segundo, lá fora, fora deste pedaço de tecido que me aprisiona e me impede de viver e sentir o que quer que seja!
Quem me dera verter água pelo olhos, interagir com a gente que passa, beber um café numa esplanada.
Quem me dera sentir!
Pedro Fonseca nº16
7 de Outubro de 2011_História da Cultura e das Artes_10ºG
Todos os olhos estão postos em mim, e dos tantos que me observam, poucos são os que me entendem.
A barreira que nos separa parece invisivelmente inquebrável, porém, conforme insisto e me aproximo, parece que se torna mais frágil e ultrapassável.
Senti-lhe a textura, o sabor da passagem para o desconhecido e esta sensação torna-se viciante, queria mais…
Aquele poço encarnado de tela parecia não ter fundo, mas de repente uma refrescante aragem acariciou-me a mão…ansiei que ela me pudesse percorrer o corpo todo, o que representava a liberdade e a partilha com os outros.
Consegui, finalmente os que me rodeiam também me envolvem.
Maria João Pádua Costa nº 10
Marta da Costa Teixeira nº 11
7 de Outubro de 2011_História da Cultura e das Artes_10ºG
Ela era uma mulher que vivia sufocada pelo silêncio.
Era infeliz, frustrada, todos os dias lidava com a solidão.
Um dia, chegou o momento da revolta.
Virou-se contra tudo e contra todos, contra o mundo.
Decidiu enfrentar os seus medos e voar!
E ganhou uma nova vida, uma vida de liberdade!
Ana Rita Carneiro nº3
Cláudia Martins nº 4
Rafaela Barandas nº 17
7 de Outubro de 2011_História da Cultura e das Artes_10ºG
domingo, 16 de outubro de 2011
Poderá a crise melhorar os hábitos alimentares dos portugueses?
Alguns nutricionistas encaram a atual crise económica como uma oportunidade de reeducação dos nossos hábitos alimentares. Concorda ou discorda?
Dia Mundial da Alimentação
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
O que é ser adolescente?
Preto e Branco
Nunca está perto
Mal o vemos passar…
Hoje o céu está escuro;
Não temos por onde fugir!
Estamos num quarto, fechado,
Sem janelas, nem portas,
Sem luz, sem vozes…
Estamos fechados no nosso mundo,
Ocupados demais…
A reinar.
Estamos presos,
Em breve vai chover…
Raios chicotearão o nosso pensamento,
E trovões ecoarão na escuridão da nossa alma.
Mal respiramos…
Mal nos encaramos em frente ao espelho,
Sufoca-nos este peso de estar sozinho
Cega-nos esta escuridão,
Já não há cor que nos rodeie…
Não sei o que faço…
Não sei o que digo…
Só oiço:
“Vive”.
Mesmo que num mundo,
a preto e branco
Alma Negra
Sofia Faceira, nº23, 10ºF
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
O IPJ tem um Gabinete de Saúde Juvenil
"Sabias que o IPJ - Loja Ponto Ja de Vila Real tem um Gabinete de Saúde Juvenil?
No IPJ - Loja Ponto JA de Vila Real existe um espaço para ti. É o Gabinete de Saúde Juvenil, um espaço de atendimento e aconselhamento aos jovens na área da psicologia e acompanhamento psicológico.
Com este espaço pretende-se:
• contribuir para o esclarecimento no domínio da sexualidade;
• contribuir para o esclarecimento no domínio dos distúrbios alimentares;
• contribuir para o esclarecimento e orientação vocacional
• e outras problemáticas/questões de esfera afectiva.
Sigilo, gratuitidade e acessibilidade são garantidos a todos os jovens que procuram estes serviços.
As consultas são todas as quintas feiras entre as 14:00 e as 17:00.
Marca a tua consulta através do nº 259 30 96 40
Aparece e tira as tuas dúvidas".
terça-feira, 11 de outubro de 2011
És um ponto de interrogação ou uma frase feita?
segunda-feira, 10 de outubro de 2011
Gotas de poesia
É uma escada em caracol
e que não tem corrimão.
Vai a caminho do Sol
mas nunca passa do chão.
Os degraus, quanto mais altos,
mais estragados estão.
Nem sustos nem sobressaltos
servem sequer de lição.
Quem tem medo não a sobe.
Quem tem sonhos também não.
Há quem chegue a deitar fora
o lastro do coração.
Sobe-se numa corrida.
Correm-se perigos em vão.
Adivinhaste: é a vida
a escada sem corrimão.
David Mourão Ferreira
Numa livraria perto de si...
Em O Grande Inquisidor (alcunha por que Ettore Majorana era conhecido entre os colegas), o físico teórico João Magueijo conta a história de Majorana e do seu grupo de investigação, responsáveis pela descoberta casual da fissão nuclear, em 1934. Quando Majorana, o mais brilhante do grupo, começa a compreender as implicações potencialmente letais da investigação em curso, fica perturbado. Ter-se-á suicidado? Terá sido raptado? Terá encenado a sua própria morte para se retirar da investigação científica?"
domingo, 9 de outubro de 2011
"Partly cloudy" - o valor da amizade
Proposta de trabalho para Formação Cívica: esta curta-metragem pode ser o ponto de partida para uma discussão/reflexão acerca da diferença dos outros, a tolerência e o valor da amizade...
sábado, 8 de outubro de 2011
Nobel da Paz de 2011 distingue três mulheres
Propostas de atividades para as aulas de Formação Cívica
Tentaremos incluir recursos (vídeos, textos, músicas) ajustados às diferentes faixas etárias e, com satisfação, estamos abertos à publicação de trabalhos que venham a ser realizados pelos alunos, na sequência das atividades aqui propostas ou outras desenvolvidas no contexto da sala de aula.
quinta-feira, 6 de outubro de 2011
Steve Jobs - "Stay hungry. Stay foolish"
Em jeito de homenagem a Steve Jobs (1955-2011), aqui fica o famoso discurso proferido em Stanford, em 2005, e que segundo a lenda terá sido ouvido e lido por seis milhões de pessoas.
São aproximadamente 15 minutos que merecem a nossa atenção...
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
Um bom professor pode mudar a vida de um aluno?
«(…)É uma história sobre as crianças mas também e, sobretudo, sobre o que recordamos da nossa infância. É como um livro da nossa vida, uma análise, uma terapia. Este homem que agora é muito rico e muito famoso nunca se lembra do professor que era tudo para ele. O professor ocupa na sua vida apenas quatro, seis meses e esse tempo, quando se tem 12 anos, parece muito pouco e muito distante. Para mim, era muito importante que não fosse só a história de 1949 mas a história desse professor (...)»
Cristophe Barratier, realizador do filme “Os coristas” (2004)
O ensino na I República - memórias de uma exposição
Com o feriado de hoje pretende-se, no nosso país, assinalar a data da implantação da República (já lá vão 101 anos), mas hoje é também o dia internacional do professor.
Obra do acaso, contingência histórica, dirão uns, mas eu prefiro descobrir algum significado nesta feliz coincidência. Afinal, os ideais da revolução republicana assentavam fortemente na importância da educação, como muito bem demonstrou a exposição «Educar. Educação para todos. O ensino na I República», realizada em 2010, por ocasião das comemorações do centenário da República. A exposição, organizada em diferentes núcleos e com uma forte vertente interativa, conseguiu salientar as inovações introduzidas no ensino pelos republicanos. Uma exposição de acesso livre, mas infelizmente condicionado à cidade de Lisboa… Por fim, relembro uma citação de César da Silva (Terceiro Congresso Pedagógico, Lisboa, 1912); uma citação que não acusa o peso dos anos... Bom feriado!
“ O mais imperioso dever do estado é instruir, porque instruir é enriquecer e dar felicidade”.
terça-feira, 4 de outubro de 2011
4 de outubro - Dia mundial dos animais
segunda-feira, 3 de outubro de 2011
Gotas de poesia
ideia, que ponho em cima da mesa, é uma parte do
que penso; e ao ver como cada fragmento se
torna um todo, volto a parti-lo, para evitar
conclusões.
Nuno Júdice (1949), ensaísta, poeta, ficcionista e professor universitário português.
Exame de Filosofia como prova específica
Para mais informações consultar:
http://dre.pt/pdf2sdip/2011/06/112000000/2487224890.pdf
sexta-feira, 30 de setembro de 2011
Bom fim de semana!
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
Posso ser teu amigo?
Pede-se desculpa pelas legendas em português do Brasil.
Parlamento dos Jovens - Há por aí interessados?
Um dos pontos altos deste programa consiste na realização de duas sessões nacionais na AR, preparadas ao longo do ano letivo, com participação de Deputados, designadamente da Comissão de Educação e Ciência, órgão parlamentar responsável pela orientação do programa. Todas as escolas do ensino básico e secundário são convidadas a participar.
Anunciam-se, desde já, os temas da edição 2011/12 do Parlamento dos Jovens:
Ensino Básico: “Redes sociais: combate à discriminação”.
Ensino Secundário: “Redes sociais: participação e cidadania”.
Há por aí interessados?
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
Pensamentos à solta
"A Filosofia é uma procura de encontrar a verdade, coisa extremamente perigosa. A mais perigosa de todas as pessoas é aquela que tem a verdade num bolso".
Agostinho da Silva (1906-1994), filósofo português do século XX.
terça-feira, 27 de setembro de 2011
Pensamentos à solta
Albert Einstein
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
Para ler com atenção
- Esqueçam obsessões com a carreira ou com o "temor do desempenho". Aos 18 anos, a mentalidade carreirista, além de um desperdício, é em absoluto inútil. Muitos de vocês nem sequer terão uma só carreira; o mais certo é que tenham várias e em diferentes períodos da vida. Não vivam, por isso, atormentados com notas e resultados. Tenham o bom gosto de desprezar os maus professores e as más aulas. Ponham de lado os troféus de coisa nenhuma. Sobretudo: não cansem depressa o gosto por aprender.
- Dediquem-se à rotina das aulas, mas façam coisas, fundem coisas, proponham coisas. Irritem os instalados que chegaram há 20 anos e nada fizeram nos últimos 15. Comecem uma revista, se quiserem fazer uma revista; uma associação, uma empresa, um movimento, qualquer coisa que não se limite ao protesto e à reivindicação. Sejam lunáticos. Comecem e acabem. Nenhum empregador olha, ou devia olhar, apenas para as qualificações académicas de uma pessoa. O importante são as pequenas pegadas que essa pessoa vai largando.
- Aprendam a ser mecânicos, burocráticos, tarefeiros. A esmagadora maioria de nós não veio ao mundo para ser o Steve Jobs. Aprender a trabalhar numa organização cumprindo tarefas medidas e interiorizando uma disciplina conta mais que aspirar eternamente à originalidade.
- Leiam tudo. Leiam a Ética a Nicómaco de Aristóteles para perceberem o significado da palavra "virtude". Leiam os moralistas franceses do século XVII para perceberem o significado da palavra "hipocrisia". Leiam Stendhal para perceberem que o ser humano até o seu próprio sofrimento finge.
- Preparem-se para viver um ano no estrangeiro. Escolham um destino na Ásia ou na América do Sul. Portugal está cheio. Só terão espaço os que trouxerem espaço.
- Aprendam um ofício, uma experiência, de preferência prática, que nada tenha que ver com o curso. O americano Matthew Crawford escreveu em 2009 um livro precioso que merece memória. Depois de terminar um doutoramento em Filosofia Política, a insatisfação não o largava. Decidiu mudar de vida. Aprendera mecânica na adolescência e abriu uma oficina para reparação de motas. Descobriu a sua vocação.
- Aprendam uma língua estrangeira. Se ainda não sabem inglês, aprendam; se já sabem, aprendam outra. Sigam o exemplo de Durão Barroso, que muito possivelmente não teria presidido à Comissão Europeia se não fosse fluente em francês.
- Leiam sobre uma grande personagem histórica (e que não seja Churchill). Descobre-se muito lendo sobre figuras que foram sobre-humanas no seu tempo, embora tivessem passado pelos piores ordálios. Lincoln, por exemplo: numa certa fase da vida, sofreu uma depressão violenta e ponderou o suicídio. Não existe sucesso sem uma descida ocasional aos infernos.
- Se for preciso, desistam. Pensamos muitas vezes na educação como uma experiência vitoriosa. Acontece que pode ser uma derrota libertadora. Portas que se fecham, mudança de trajectória. E o mais curioso disto é que ainda bem. Aprender seriamente significa ficar exposto a uma derrota possível, a um erro possível. O que não tem de ser um problema. Conheçam as vossas fronteiras.»
in Público, 08 Setembro, 2011, por Pedro Lomba (jurista)
Às vezes é só mesmo a caminhada que interessa
Mãe, acordei perdida.
Nas minhas incursões ao passado, às vezes encontro espaços em branco, hiatos, locais que não reconheço e onde não consigo sossegar.
Serão as sempiternas dúvidas que a vida, pedagogicamente nos manda resolver sozinhos? Ou serão as perguntas que, na infância, ficaram sem resposta?
E outra questão: se as coisas se sabem há tanto tempo, há tantos milénios, porque não nascemos nós com intuição para as perceber? (…)
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Lisboa, terça-feira, 15 de Julho de 1997
Mariana, querida:
(…) Um mundo que antecipasse as vossas respostas, poupando-vos tempo, trabalho e lágrimas, não seria tão generoso.
E mais: se as perguntas que se fazem são todas as mesmas, à partida, as respostas que se encontram diferem drasticamente; um músico encontra a música, um matemático descobre os números, uma pessoa sem talentos achará a sua orientação.
E, às vezes, é só mesmo a caminhada que interessa.
Kavafis, um poeta grego, dizia qualquer coisa como:
Não sonhes com Ítaca, porque Ítaca não tem nada para te oferecer. A única coisa que Ítaca tem para te oferecer é o caminho até Ítaca.
Fiz-me entender?
Rita Ferro, Marta Gautier, Desculpe lá, Mãe, Círculo de Leitores, pp.32, 33
Proposta de trabalho para Formação Cívica: construção de um texto, em prosa ou poesia, acerca da maneira de pensar, sentir e agir do adolescente.