terça-feira, 6 de dezembro de 2011

OCDE: O maior fosso entre pobres e ricos dos últimos 30 anos

"Segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), a desigualdade cresceu em todos os países, desde os mais desenvolvidos aos emergentes. Este é o nível mais alto dos últimos 30 anos.O salário médio dos 10% mais ricos da população são nove vezes superiores ao salário médio dos mais pobres. Até nos países que, por tradição, são mais igualitários o fosso aumentou: Alemanha, Dinamarca e Suécia a diferença salarial é de cinco vezes.O estudo da OCDE agora divulgado, conta com uma recolha de dados feita até 2008, portanto não conta ainda com o impacto da crise económica e financeira que desde aí se verifica. No entanto, segundo o Eurostat, os níveis de desigualdade são os mais altos desde que esta recolha começou a ser feita, em 1995. A maior evolução da desigualdade está patente no ano de 2010, avança o El País.“O contrato social começa a desfazer-se em muitos países. Este estudo faz desvanecer a assumpção que os benefícios de crescimento económico beneficiariam automaticamente os mais desfavorecidos e que a maior desigualdade fomenta a mobilidade social. Sem uma estratégia para o crescimento inclusivo, a desigualdade continuará a crescer”, nota Angel Gurría, secretário geral da OCDE, na apresentação do estudo, em Paris".


Agradeço à Drª Catarina Oliveira, responsável pelo núcleo distrital de Vila Real da EAPN Portugal, a colaboração prestada na divulgação desta informação.

Fonte:http://www.hrportugal.pt/2011/12/06/ocde-maior-fosso-entre-pobres-e-ricos-dos-ultimos-30-anos



3 comentários:

  1. Por onde andaram os especialistas da OCDE nestas últimas décadas? Como é possível que só agora tenham compreendido que o período dos "estados providência" foi ultrapassado pela ganância dos grandes grupos económicos para quem a economia sustentável é mera retórica?!...

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  2. Na minha opinião, vivemos dias de terrorismo económico e assusta-me o "opinion maker" que, do alto da sua pseudo-sabedoria, proclama o fim do estado social.

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  3. O problema é que vivemos num tempo em que o Estado Social é popularmente reconhecido como a causa de todos os males. Aqueles que consideram que a origem da crise está no "esbanjamento do Estado Social" está agora a defender a retoma ao assistencialismo puro reduzindo o combate à pobreza ao verbo dar: alimentos e cabazes. A sustentabilidade das instituições e das familias não passa por dar mas por capacitar: activar a participação para o empowerment promovendo uma cidadania activa.

    Catarina Oliveira

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