quinta-feira, 15 de março de 2012

"A única coisa em comum é o amor".



Sinopse:


“Babies” é um documentário francês de 2010, de 79 minutos, realizado por Thomas Balmès e produzido por Alain Chabat que segue durante um ano a história de 4 bebés, desde o seu nascimento. Estas crianças são oriundas da Mongólia (Bayar), Japão (Mari), Namíbia (Ponijao) e EUA (Hattie)."


Crítica:


Tivemos a oportunidade de visualizar e discutir o documentário “The Babies”, no contexto das disciplinas de Filosofia e Formação Cívica. O filme, diretamente relacionado com o tema “Valores e Cultura”, permite-nos explorar o território das atitudes possíveis em relação à diversidade cultural.




Quatro bebés muito especiais...


Ponjiao (Namíbia): nasceu numa tribo, e talvez dos quatro bebés é aquele que mais distante está do modo de vida ocidental. Desde pequeno contacta com outros familiares da tribo, assim como outros seres vivos durante a sua descoberta do mundo.

Bayarjargal ( Mongólia): vive numa tenda, já com alguns sinais de modernização. Dos quatro bebés é aquele que mais tempo passa sozinho, não por desinteresse parental, mas em nome de uma autonomia que, segundo a tradição da Mongólia, deve ser conquistada desde muito cedo.


Mari (Japão): vive num aglomerado urbano muito denso, estando em contacto desde pequena com sinais de desenvolvimento: arranha-céus, centros comerciais, brinquedos, tecnologia…Raramente está em contacto com a natureza.


Hattie (EUA): o seu modo de vida era semelhante ao de Mari e a única das quatro crianças a estabelecer um vínculo especial com o pai. Muito sensível e temperamental, por comparação com as crianças dos países menos desenvolvidos.


Do reconhecimento da diversidade à identificação de universais humanos…


Se viajar é comparar, este documentário proporciona-nos uma viagem por três continentes e quatro países e confronta-nos com uma diversidade de maneiras de pensar, sentir e agir, que caracterizam e concedem especificidade aos elementos de uma cultura, distinguindo-os das restantes. São diversas as formas encontradas pelas diferentes sociedades para melhor satisfazer as necessidades e os desejos humanos. Apesar das diferenças detetadas no momento do nascimento e no decorrer do processo de socialização, todas as crianças têm algo em comum. Todas têm o amor de uma família.
Se viajar é comparar é também ser capaz de assumir que “ser diferente não é o problema, o problema é acreditar que a nossa diferença é melhor que a dos outros”.


Por fim, uma lição de vida…


Todos amam. É esta a mensagem que o documentário francês pretende transmitir ao espectador, ao seguir o primeiro ano de vida de quatro crianças, “todas diferentes, todas iguais”.
Não incomodando o espetador com narração e fazendo com que este se concentre totalmente nas crianças, este filme consegue ser uma lição de vida para aqueles que torcem o nariz a outras culturas e se consideram culturalmente superiores. Para os racistas. Para os xenófobos. Para os chauvinistas. Este é um filme para todos nós.

10ºF






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