É por demais conhecida a escola onde o professor, detentor da autoridade e possuidor dos conhecimentos, tudo orienta e dirige, como se a criança ou o jovem fossem uma tábua rasa, completamente desprovidos de experiência, fracos e incapazes de caminhar por si sobre os quais o adulto, paternalmente, se debruça para os modelar de acordo com aquilo que sabe.
Tudo se passa como se o aluno devesse abandonar à entrada da escola todos os seus entusiasmos, todas as suas dores, alegrias, todos os seus receios, tudo aquilo que aprendeu fora dos muros da escola, para se transformar num ser passivo.
O que se pretende hoje do professor é que conheça o aluno, sem que conhecimento signifique possibilidade de o catalogar como mandrião, irrequieto, atento, trabalhador, obediente..., mas a capacidade de sentir na pele dele aquilo que ele sente e vive, ver o mundo através dos olhos do aluno.Só assim, através de uma presença aberta e compreensiva, se pode ajudar alguém a evoluir, que é o mesmo que ajudar alguém a aprender.
É necessário que o professor respeite o aluno e o aceite como ser humano completo com os seus afectos e interesses tão válidos e sérios como os dos adultos.
Cada indivíduo é único e não cabe em moldes ou esquemas prefabricados, sendo essa individualidade o que o professor deve procurar desabrochar em cada um dos seus alunos, mas não lhe basta compreender unicamente um a um, é - lhe necessário conhecer o grupo porque só assim o poderá ajudar a evoluir.
O professor ao pôr em execução o seu método pedagógico, não deve ignorar nem a natureza dos problemas do meio escolar a que os alunos pertencem, nem o ponto de vista dos colegas e encarregados de educação, só assim poderá ajudar ou estimular os outros a evoluírem.
A democratização do ensino, no verdadeiro sentido do termo, não consiste na criação de escolas iguais para todos, mas deve partir das motivações e necessidades dos alunos, não voltando costas ao meio sócio - cultural e económico em que eles se inserem fora dos muros da escola.
Toda a educação deve visar a autonomia do educando, mas tem como condição que nos sintamos compreendidos e aceites pelo outro, não esquecendo porém que compete ao professor ajudar o aluno a aprender a ser livre.
Mª do Céu Granja, texto baseado no livro " As Três Faces da Pedagogia" de Mª Amália Medeiros
...Vinte e muitos anos depois, pergunto - me quem é quem neste texto... que escola é agora a nossa... que pedagogia devemos adotar...somos agentes da educação por decretos...contudo e, rumando contra ventos e marés, continuo a acreditar que sou Professora por vocação e não por uma ironia do destino.
Céu Granja
Tudo se passa como se o aluno devesse abandonar à entrada da escola todos os seus entusiasmos, todas as suas dores, alegrias, todos os seus receios, tudo aquilo que aprendeu fora dos muros da escola, para se transformar num ser passivo.
O que se pretende hoje do professor é que conheça o aluno, sem que conhecimento signifique possibilidade de o catalogar como mandrião, irrequieto, atento, trabalhador, obediente..., mas a capacidade de sentir na pele dele aquilo que ele sente e vive, ver o mundo através dos olhos do aluno.Só assim, através de uma presença aberta e compreensiva, se pode ajudar alguém a evoluir, que é o mesmo que ajudar alguém a aprender.
É necessário que o professor respeite o aluno e o aceite como ser humano completo com os seus afectos e interesses tão válidos e sérios como os dos adultos.
Cada indivíduo é único e não cabe em moldes ou esquemas prefabricados, sendo essa individualidade o que o professor deve procurar desabrochar em cada um dos seus alunos, mas não lhe basta compreender unicamente um a um, é - lhe necessário conhecer o grupo porque só assim o poderá ajudar a evoluir.
O professor ao pôr em execução o seu método pedagógico, não deve ignorar nem a natureza dos problemas do meio escolar a que os alunos pertencem, nem o ponto de vista dos colegas e encarregados de educação, só assim poderá ajudar ou estimular os outros a evoluírem.
A democratização do ensino, no verdadeiro sentido do termo, não consiste na criação de escolas iguais para todos, mas deve partir das motivações e necessidades dos alunos, não voltando costas ao meio sócio - cultural e económico em que eles se inserem fora dos muros da escola.
Toda a educação deve visar a autonomia do educando, mas tem como condição que nos sintamos compreendidos e aceites pelo outro, não esquecendo porém que compete ao professor ajudar o aluno a aprender a ser livre.
Mª do Céu Granja, texto baseado no livro " As Três Faces da Pedagogia" de Mª Amália Medeiros
...Vinte e muitos anos depois, pergunto - me quem é quem neste texto... que escola é agora a nossa... que pedagogia devemos adotar...somos agentes da educação por decretos...contudo e, rumando contra ventos e marés, continuo a acreditar que sou Professora por vocação e não por uma ironia do destino.
Céu Granja
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