(Fotografia de Pedro Campos)
"Estiveste sentado,
aí onde o silêncio te fez companhiae a saudade – bem se sabe – doía
magoava e dói ainda
mesmo depois do correr dos dias
quase levarem para longe
o rosto que ainda guardas na memória
e sentes o aroma a flores acabadas de colher
e a maciez da pele que tantas vezes tocaste
e quase adivinhas um beijo carregado de ternura
que, acordado do sonho, bem sabes não te ter sido dado
à tua volta, permanece o silêncio
e a água do mar chora a ausência
enquanto tu, no teu íntimo, sussurras:
“estou à tua espera”.
Cristina Barbosa
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