sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Bom fim de semana!

Vejam o que encontrei numa página do facebook...

A imagem e a legenda são da responsabilidade de "Adopção de animais"- organização sem fins lucrativos que tem por objetivo encontrar uma casa para todos os animais abandonados ou maltratados.






"Nem tu vais para um canil, nem eu para um lar de 3ªidade: fugimos juntos"

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Posso ser teu amigo?

A propósito das redes sociais e do papel que desempenham na nossa vida. Para ver com atenção e quem sabe retirar ideias para a edição deste ano do Parlamento dos jovens!





Pede-se desculpa pelas legendas em português do Brasil.

Parlamento dos Jovens - Há por aí interessados?

O programa Parlamento dos Jovens é organizado pela Assembleia da República, em colaboração com o Instituto Português da Juventude, com o objetivo de promover a educação para a cidadania e o debate em torno de temas da atualidade.
Um dos pontos altos deste programa consiste na realização de duas sessões nacionais na AR, preparadas ao longo do ano letivo, com participação de Deputados, designadamente da Comissão de Educação e Ciência, órgão parlamentar responsável pela orientação do programa. Todas as escolas do ensino básico e secundário são convidadas a participar.

Anunciam-se, desde já, os temas da edição 2011/12 do Parlamento dos Jovens:
Ensino Básico: “Redes sociais: combate à discriminação”.
Ensino Secundário: “Redes sociais: participação e cidadania”.


Há por aí interessados?

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Pensamentos à solta

Este post é dedicado a todos os aprendizes de filósofos!

"A Filosofia é uma procura de encontrar a verdade, coisa extremamente perigosa. A mais perigosa de todas as pessoas é aquela que tem a verdade num bolso".

Agostinho da Silva (1906-1994), filósofo português do século XX.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Pensamentos à solta

"Da confusão encontra a simplicidade. Da discórdia encontra a harmonia. No meio da dificuldade está a oportunidade".

Albert Einstein

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

O valor das ideias

Como a necessidade aguça o engenho e como somos privilegiados…

Para ler com atenção

«Rapazes e raparigas deste nosso Portugal: dentro de algumas semanas estareis, muitos de vós, no primeiro ano das faculdades, começando uma vida nova. Não sabeis o que esperar, se excluirmos esta ansiedade doentia do país que tudo contamina. Há 20 anos, o enredo era mais simples e previsível. Cursávamos sem drama, encontrávamos um emprego sem drama e por lá nos arrastávamos também sem drama. Cavaco Silva garantiu-nos progressões automáticas no Estado; Guterres, juros bonificados na casa; Sócrates, um futuro moderno e cerúleo. Hoje, a vida fácil acabou: os loucos anos 90 transformaram-se nos miseráveis anos 10. As nossas possibilidades tornaram-se limitadas e a grande recessão é hoje o grande retrocesso. Perdidos, compungidos, estais mais do que nunca precisados de orientação. Mas nada de desesperos. Há saídas, há atalhos, há juventudes partidárias. De resto:
- Esqueçam obsessões com a carreira ou com o "temor do desempenho". Aos 18 anos, a mentalidade carreirista, além de um desperdício, é em absoluto inútil. Muitos de vocês nem sequer terão uma só carreira; o mais certo é que tenham várias e em diferentes períodos da vida. Não vivam, por isso, atormentados com notas e resultados. Tenham o bom gosto de desprezar os maus professores e as más aulas. Ponham de lado os troféus de coisa nenhuma. Sobretudo: não cansem depressa o gosto por aprender.
- Dediquem-se à rotina das aulas, mas façam coisas, fundem coisas, proponham coisas. Irritem os instalados que chegaram há 20 anos e nada fizeram nos últimos 15. Comecem uma revista, se quiserem fazer uma revista; uma associação, uma empresa, um movimento, qualquer coisa que não se limite ao protesto e à reivindicação. Sejam lunáticos. Comecem e acabem. Nenhum empregador olha, ou devia olhar, apenas para as qualificações académicas de uma pessoa. O importante são as pequenas pegadas que essa pessoa vai largando.
- Aprendam a ser mecânicos, burocráticos, tarefeiros. A esmagadora maioria de nós não veio ao mundo para ser o Steve Jobs. Aprender a trabalhar numa organização cumprindo tarefas medidas e interiorizando uma disciplina conta mais que aspirar eternamente à originalidade.
- Leiam tudo. Leiam a Ética a Nicómaco de Aristóteles para perceberem o significado da palavra "virtude". Leiam os moralistas franceses do século XVII para perceberem o significado da palavra "hipocrisia". Leiam Stendhal para perceberem que o ser humano até o seu próprio sofrimento finge.
- Preparem-se para viver um ano no estrangeiro. Escolham um destino na Ásia ou na América do Sul. Portugal está cheio. Só terão espaço os que trouxerem espaço.
- Aprendam um ofício, uma experiência, de preferência prática, que nada tenha que ver com o curso. O americano Matthew Crawford escreveu em 2009 um livro precioso que merece memória. Depois de terminar um doutoramento em Filosofia Política, a insatisfação não o largava. Decidiu mudar de vida. Aprendera mecânica na adolescência e abriu uma oficina para reparação de motas. Descobriu a sua vocação.
- Aprendam uma língua estrangeira. Se ainda não sabem inglês, aprendam; se já sabem, aprendam outra. Sigam o exemplo de Durão Barroso, que muito possivelmente não teria presidido à Comissão Europeia se não fosse fluente em francês.
- Leiam sobre uma grande personagem histórica (e que não seja Churchill). Descobre-se muito lendo sobre figuras que foram sobre-humanas no seu tempo, embora tivessem passado pelos piores ordálios. Lincoln, por exemplo: numa certa fase da vida, sofreu uma depressão violenta e ponderou o suicídio. Não existe sucesso sem uma descida ocasional aos infernos.
- Se for preciso, desistam. Pensamos muitas vezes na educação como uma experiência vitoriosa. Acontece que pode ser uma derrota libertadora. Portas que se fecham, mudança de trajectória. E o mais curioso disto é que ainda bem. Aprender seriamente significa ficar exposto a uma derrota possível, a um erro possível. O que não tem de ser um problema. Conheçam as vossas fronteiras.»

in Público, 08 Setembro, 2011, por Pedro Lomba (jurista)

Às vezes é só mesmo a caminhada que interessa

Lisboa, segunda-feira, 14 de Julho de 1997

Mãe, acordei perdida.
Nas minhas incursões ao passado, às vezes encontro espaços em branco, hiatos, locais que não reconheço e onde não consigo sossegar.
Serão as sempiternas dúvidas que a vida, pedagogicamente nos manda resolver sozinhos? Ou serão as perguntas que, na infância, ficaram sem resposta?
E outra questão: se as coisas se sabem há tanto tempo, há tantos milénios, porque não nascemos nós com intuição para as perceber? (…)
________________________

Lisboa, terça-feira, 15 de Julho de 1997

Mariana, querida:
(…) Um mundo que antecipasse as vossas respostas, poupando-vos tempo, trabalho e lágrimas, não seria tão generoso.
E mais: se as perguntas que se fazem são todas as mesmas, à partida, as respostas que se encontram diferem drasticamente; um músico encontra a música, um matemático descobre os números, uma pessoa sem talentos achará a sua orientação.
E, às vezes, é só mesmo a caminhada que interessa.
Kavafis, um poeta grego, dizia qualquer coisa como:

Não sonhes com Ítaca, porque Ítaca não tem nada para te oferecer. A única coisa que Ítaca tem para te oferecer é o caminho até Ítaca.
Fiz-me entender?
Rita Ferro, Marta Gautier, Desculpe lá, Mãe, Círculo de Leitores, pp.32, 33


Proposta de trabalho para Formação Cívica: construção de um texto, em prosa ou poesia, acerca da maneira de pensar, sentir e agir do adolescente.