segunda-feira, 31 de outubro de 2011

O perigo de não dormir o suficiente.

O artigo que se segue é especialmente indicado para os jovens adolescentes que acham que dormir é um desperdício de tempo, não respeitam as horas de sono recomendadas ou, então, têm sérias dificuldades em coordenar as horas de sono, com as horas de estudo e demais tarefas diárias.

Segundo o estudo, a privação de sono "desliga" a região do lóbulo pré-frontal, que normalmente mantém as emoções sob controlo, provocando nos centros emocionais do cérebro uma reacção exagerada a experiências negativas.
O novo estudo da Escola Médica de Harvard e da Universidade da Califórnia, em Berkeley, é o primeiro a explicar ao nível neural o que parece ser um fenómeno universal: que a perda de sono conduz a um comportamento emocional irracional, de acordo com os investigadores.
A descoberta pode também oferecer algumas explicações clínicas para a relação entre as interrupções de sono e alguns problemas psiquiátricos, podendo ajudar com novos mecanismos para tratar estas desordens ao nível cerebral.
"O sono parece restaurar os nossos circuitos emocionais no cérebro e, ao fazer isso, prepara-nos para os desafios e interacção social do dia seguinte", disse Mathew Walker, da Universidade da Califórnia, Berkeley.
"Mais importante, este estudo demonstra o perigo de não dormir o suficiente. A privação de sono quebra os mecanismos do cérebro que regulam os pontos-chave da nossa saúde mental", salienta.
Os cientistas já sabiam que a privação de sono prejudica um enorme conjunto de funções corporais, incluindo o sistema imunitário e de metabolismo e os processos cerebrais de aprendizagem e memória.
No entanto, esta é a primeira vez que se prova o papel do sono no governo do estado emocional do nosso cérebro.
No estudo, a equipa de Walker distribuiu 26 pessoas por um grupo de privação de sono durante 35 horas ou por um grupo em que o sono era permitido normalmente.
No dia seguinte, os cérebros dos participantes foram fotografados por ressonância magnética, processo que mede a actividade cerebral com base na pressão sanguínea, enquanto viam 100 imagens.
Ao princípio, os participantes no estudo encaravam as imagens como emocionalmente neutrais, mas ganharam-lhes cada vez mais aversão com o tempo.
"Prevíamos um potencial aumento de reacção emocional no cérebro com o sono, mas a dimensão do aumento surpreendeu-nos deveras", disse o investigador, referindo que os centros emocionais do cérebro "estavam cerca de 60 por cento mais reactivos debaixo das condições de privação de sono do que em sujeitos que tinham dormido normalmente".
Sem sono, o cérebro reverte até a um mais primitivo padrão de actividade, tornando-se incapaz de contextualizar experiências emocionais e produzir respostas apropriadas e controladas, acrescentam os investigadores.

Público, 23-10-2007

domingo, 30 de outubro de 2011

O psiquiatra e a adolescente: um diálogo exemplar

“A arte de ouvir de Daniel Sampaio” é o título da entrevista conduzida por Analia Santos, aluna da Escola Secundária de Benavente, e coordenada por Bruna Pereira. A entrevista foi publicada, em 3 de Maio de 2010, na revista Forum Estudante e merece uma leitura atenta.

A versão integral desta entrevista encontra-se em
http://www.forum.pt/estudantes/perguntas-tu/1473

«(...)

- É psiquiatra. Como escolheu a sua profissão?
Eu decidi ser psiquiatra por influência de uma professora do Liceu Pedro Nunes, Maria Luísa Guerra, que era professora de Psicologia e de Filosofia e que ainda está viva e com quem ainda hoje converso. Foi ela que me interessou pela Psicologia... Depois os cursos de Psicologia, nessa altura, estamos a falar dos anos 60, ainda estavam pouco desenvolvidos em Portugal e como tinha um pai médico resolvi ir para Psiquiatria, mas fui para Medicina já com a ideia de seguir Psiquiatria, mas poderia ter sido psicólogo também.
- Que conselho dá aos jovens quando se deparam com tantas pressões dos pais, notícias de desemprego, vocação, saídas profissionais…
O primeiro conselho que eu dou às pessoas é, em primeiro lugar, que se imaginem 20 anos depois. Quando a pessoa tem 14 ou 15 anos e tem de começar a fazer escolhas nas áreas do 10º ano deve procura imaginar-se com 35 anos e ver como é que se concebe nessa altura e se sentir um desejo muito forte de ter uma determinada profissão acho que isso é o principal. Acho que não se deve ir para outra coisa ou porque não há emprego, ou porque os pais discordam, ou porque as pessoas acham que não é bom. Acredito mais nisso do que em testes psicológicos ou em outra forma de saber o que é que a pessoa quer fazer.
Depois acho que é bom falar com muita gente - algumas escolas já têm várias profissões que vão lá falar da vida dessas pessoas e eu acho que é útil contactar com muita gente e ver como é que as pessoas vivem a sua profissão
- Acha que os jovens de hoje em dia estão, por assim dizer, mais sujeitos a distúrbios como o bullying, anorexia, problemas relacionados com a sexualidade ou suicídio do que há umas décadas atrás, pela mudança dos tempos, pressão dos colegas, publicidade, internet e meios de comunicação social?
Não, não acho nada disso. As doenças psiquiátricas têm uma prevalência semelhante. A anorexia nervosa, ao contrário do que vem nos jornais, não tem aumentado, continua a ser uma doença rara. Agora há mais casos de bulimia, mas as doenças de comportamento alimentar não têm aumentado significativamente, o mesmo acontece com a esquizofrenia e a doença bipolar, têm-se mantido estáveis. Há é novos problemas e novas maneiras de encarar os problemas. Mesmo o fenómeno do bullying, que agora é muito falado, já existia antes - agora tem novas formas como o bullying através da internet e é estudado de forma diferente e fala-se mais do assunto… Mas não acho que os jovens de hoje tenham mais problemas do que os jovens de há 20 ou 30 anos. Têm, pelo contrário um maior conhecimento das situações, mais informação e têm, muitas vezes, situações diferentes, não quer é dizer que sejam mais graves.
- Também tem filhos. Como podem os pais ou os colegas perceber se algum aluno ou colega está a passar por um distúrbio que possa requerer a ajuda de um profissional?
A primeira coisa é a dificuldade que existe por parte dos adultos, porque muitos adultos não gostam de falar com gente nova: pais, professores… Há muitos adultos que dizem que se interessam muito com os problemas da juventude, mas isso não corresponde a uma prática… É um interesse teórico, porque para se perceber o que se passa com um jovem, uma criança ou um adolescente é preciso falar muitas vezes com ele, mais do que com um adulto, porque o adulto tem mecanismos mais fáceis de dizer aquilo que se passa consigo próprio. Nos adolescentes e nas crianças, muitas vezes, é através de um comportamento que nos faz perceber que a pessoa não está bem - ou porque deixa de comer ou deixa de dormir ou porque toma drogas ou porque tenta o suicídio… Portanto, é preciso estar muito atento aos sinais de alarme, mas para estar muito atento aos sinais de alarme é preciso ter capacidade de ouvir e ouvir através daquilo a que chamamos escuta activa: ouvir o jovem e ir fazendo algumas perguntas para clarificar as respostas. O que é fundamental perceber é se os comportamentos dos jovens são episódicos ou, pelo contrário, são persistentes. Um comportamento desadaptado persistente deve merecer a nossa atenção. Por exemplo, é perfeitamente possível que um jovem tenha uma negativa se ele persistir em ter muitas negativas e reprovar, isso é um comportamento que deve chamar a nossa atenção. Se um jovem falar que se quer suicidar, é um sinal de alarme, mas precisamos de saber a seguir se ele quer manter essa ideia, ou seja, temos de ir acompanhando, falando muito e, sobretudo, ouvindo muito para percebermos o que é que se está a passar e isso às vezes os adultos não têm tempo e eu diria que às vezes também não têm grande capacidade de ouvir. Esse é um dos grandes problemas da relação das pessoas mais velhas com as pessoas mais novas. (...)

- Em relação aos jovens, quais são os casos mais frequentes que lhe aparecem no consultório?
Os casos mais frequentes são os casos de ansiedade e depressão, são as patologias psiquiátricas mais frequentes – são os jovens que têm problemas de ansiedade em relação aos estudos, em relação à família… Em relação ao grupo dos jovens é a depressão, essa sim, agora mais frequente, portanto, há muitos jovens que aparecem com depressão e com ansiedade.
- Qual o caso que mais o marcou?
Há muitos casos que me marcaram. Talvez aquele que me tenha impressionado mais foi uma intervenção domiciliária que nós fizemos num jovem que estava fechado em casa, em que fizemos durante bastante tempo entrevistas com a família em que ele não participava e através de 12 ou 13 idas lá a casa, conseguimos que ele começasse a participar nessas reuniões com a família e hoje em dia tem uma vida normal, o que significa que deu muito trabalho, mas que valeu a pena. Infelizmente não se pode fazer isto para todos os jovens que o necessitariam de fazer, porque isto consumiu muito tempo, mas é uma prova de que não se deve desistir, porque parecia a princípio uma situação que iria terminar num internamento compulsivo – ele ia ser obrigado a ser internado e através desta actividade persistente de idas lá a casa nós conseguimos resolver esta situação de casa e pô-lo na escola.
- Como era o Daniel Sampaio no Ensino Secundário: rebelde, certinho…?
Isso há muitas histórias… Eu nunca fui muito certinho, como estudante do secundário eu era muito contestatário, temos de perceber que estávamos na época de Salazar e eu pertencia a uma coisa chamada Comissão Pró Associação dos Liceus, que era um movimento associativo dos liceus, das escolas secundárias, não era permitido que os estudantes se reunissem e a Comissão Pró Associação dos Liceus era considerada uma estrutura comunista, porque tudo o que era contra o regime era considerado comunista. Eu integrei essa comissão Pró Associação e fiz várias iniciativas, fiz conferências, fiz reuniões… Essa foi uma característica da minha participação no Liceu Pedro Nunes, que era aliás um liceu de elite na altura, onde fui aluno dessa professora Maria Elisa Guerra de que eu falei há bocado, e doutros professores muito bons. Era um liceu de elite, porque havia as escolas industriais e comerciais e eram os meninos com mais posses que iam para o Liceu Pedro Nunes, que era um liceu muito bom, mas que existia num regime autoritário.
Portanto, nós não tínhamos a possibilidade de nos associarmos para rigorosamente nada. Portanto, essa época foi muito de fazer comunicados, fazer textos, tentar fazer conferências, um jornal e guardo muito boas recordações dessa época, porque apesar de ser proibido, tivemos muitos professores que nos apoiaram nessas iniciativas. Foi mais uma vez um exemplo de que vale a pena lutar pelas coisas.»

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Se a adolescência fosse uma música seria...





Esta é a irreverente escolha do 10º F, em resultado de um processo democrático de votação realizado na sala de aula.
Mas o que terá conduzido à escolha do clássico “ Another brick in the Wall”? Uma crítica a um modelo de ensino autoritário? Uma rejeição de um modelo social assente na reprodução de normas e valores? Uma afirmação de inconformismo e autonomia?

“Ouse pensar” e deixe aqui um comentário!

Se a adolescência fosse um poema seria...



Se a adolescência fosse um poema seria... Na minha opinião, "Cântico Negro" de José Régio (1901-1969).


E por que razão? A discutir na próxima aula de Formação Cívica.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Pensamentos à solta



"A maior desgraça de uma nação pobre é que em vez de produzir riqueza, produz ricos".


Mia Couto

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Pensamentos à solta


“Vivemos num mundo de desigualdade e diversidade. Mundo esse que está dividido, grosso modo, em três espécies de nações: aquelas em que as pessoas gastam rios de dinheiro para não aumentar de peso, aquelas em que as pessoas comem para viver e aquelas cuja população não sabe de onde virá a próxima refeição”.


David S. Landes, "A Riqueza e a Pobreza das Nações".

Vale a pena recordar!

Hoje, dia 17 de outubro, comemora-se o Dia Internacional da Erradicação da Pobreza. E para assinalar este dia, publicamos dois vídeos produzidos pelos nossos alunos, no ano letivo 2009/2010, no âmbito do Acordo de Participação entre a Rede Europeia Anti-Pobreza Portugal (REAPN) e a Escola Secundária Camilo Castelo Branco.


Aqui, recordamos, com agrado, alguns dos trabalhos realizados, por ocasião da Comemoração do Ano Europeu contra a Pobreza e Exclusão Social (2010).









Compreender uma obra de arte


Tela Habitada, Helena Almeida, 1976 (1,65 X 1,25 m), Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa

Atividade:

A artista refere: “o que eu quero é tratar de emoções; são maneiras de contar uma história”. Tenta “colocar-te” no lugar da artista e escreve uma pequena história inspirada nesta obra.

Textos dos alunos:

Ali estava eu, pintada numa tela, alvo de olhares críticos e curiosos, a ver os dias passarem e a sentir-me cada vez mais …Sentir?

Que verbo maldito é esse?

A única coisa que sei é que os olhares das pessoas que passam, dos casais, das crianças, possuem algo de sobrenatural, algo que esta sobreposição de camadas de tinta não me deixa ter!

Ah! O quanto eu dava para, por um segundo, lá fora, fora deste pedaço de tecido que me aprisiona e me impede de viver e sentir o que quer que seja!

Quem me dera verter água pelo olhos, interagir com a gente que passa, beber um café numa esplanada.

Quem me dera sentir!

Pedro Fonseca nº16

7 de Outubro de 2011_História da Cultura e das Artes_10ºG


Todos os olhos estão postos em mim, e dos tantos que me observam, poucos são os que me entendem.

A barreira que nos separa parece invisivelmente inquebrável, porém, conforme insisto e me aproximo, parece que se torna mais frágil e ultrapassável.

Senti-lhe a textura, o sabor da passagem para o desconhecido e esta sensação torna-se viciante, queria mais…

Aquele poço encarnado de tela parecia não ter fundo, mas de repente uma refrescante aragem acariciou-me a mão…ansiei que ela me pudesse percorrer o corpo todo, o que representava a liberdade e a partilha com os outros.

Consegui, finalmente os que me rodeiam também me envolvem.

Maria João Pádua Costa nº 10

Marta da Costa Teixeira nº 11

7 de Outubro de 2011_História da Cultura e das Artes_10ºG


Ela era uma mulher que vivia sufocada pelo silêncio.

Era infeliz, frustrada, todos os dias lidava com a solidão.

Um dia, chegou o momento da revolta.

Virou-se contra tudo e contra todos, contra o mundo.

Decidiu enfrentar os seus medos e voar!

E ganhou uma nova vida, uma vida de liberdade!


Ana Rita Carneiro nº3

Cláudia Martins nº 4

Rafaela Barandas nº 17

7 de Outubro de 2011_História da Cultura e das Artes_10ºG


domingo, 16 de outubro de 2011

Poderá a crise melhorar os hábitos alimentares dos portugueses?



Alguns nutricionistas encaram a atual crise económica como uma oportunidade de reeducação dos nossos hábitos alimentares. Concorda ou discorda?

Dia Mundial da Alimentação

Hoje, dia 16 de outubro, assinala-se o Dia Mundial da Alimentação. Em novembro de 1979 foi instituído este dia, por ocasião da 20ª Conferência da Organização das Nações Unidas para a alimentação e agricultura. "Preços da Alimentação - Da Crise à Estabilidade" é o tema principal das comemorações de 2011, especialmente centradas na necessidade de sensibilizar todas as pessoas para a importância da luta contra a fome e a pobreza.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

O que é ser adolescente?

Finalmente, os alunos começam a despertar e fazer ouvir a sua voz…

Preto e Branco

Nunca está perto
Mal o vemos passar…
Hoje o céu está escuro;
Não temos por onde fugir!
Estamos num quarto, fechado,
Sem janelas, nem portas,
Sem luz, sem vozes…
Estamos fechados no nosso mundo,
Ocupados demais…
A reinar.
Estamos presos,
Em breve vai chover…
Raios chicotearão o nosso pensamento,
E trovões ecoarão na escuridão da nossa alma.

Mal respiramos…
Mal nos encaramos em frente ao espelho,
Sufoca-nos este peso de estar sozinho
Cega-nos esta escuridão,
Já não há cor que nos rodeie…
Não sei o que faço…
Não sei o que digo…
Só oiço:
“Vive”.
Mesmo que num mundo,
a preto e branco

Alma Negra
Sofia Faceira, nº23, 10ºF

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

O IPJ tem um Gabinete de Saúde Juvenil

Transcreve-se a seguinte nota à imprensa da responsabilidade do Instituto Português da Juventude:
"Sabias que o IPJ - Loja Ponto Ja de Vila Real tem um Gabinete de Saúde Juvenil?
No IPJ - Loja Ponto JA de Vila Real existe um espaço para ti. É o Gabinete de Saúde Juvenil, um espaço de atendimento e aconselhamento aos jovens na área da psicologia e acompanhamento psicológico.
Com este espaço pretende-se:
• contribuir para o esclarecimento no domínio da sexualidade;
• contribuir para o esclarecimento no domínio dos distúrbios alimentares;
• contribuir para o esclarecimento e orientação vocacional
• e outras problemáticas/questões de esfera afectiva.
Sigilo, gratuitidade e acessibilidade são garantidos a todos os jovens que procuram estes serviços.
As consultas são todas as quintas feiras entre as 14:00 e as 17:00.
Marca a tua consulta através do nº 259 30 96 40
Aparece e tira as tuas dúvidas".

terça-feira, 11 de outubro de 2011

És um ponto de interrogação ou uma frase feita?

“Quando eu estava a meio de uma aula no liceu, o meu professor de inglês fez um pequena marca de giz no quadro. Um ponto exatamente como este.

Ele perguntou à turma o que era aquilo. Passados alguns segundos, alguém disse: é uma marca de giz. O resto da turma suspirou de alívio, porque o óbvio foi dito e ninguém tinha mais nada a dizer. Vocês surpreendem-me, disse o professor, olhando para o grupo. Fiz o mesmo exercício ontem, com uma turma do jardim-de-infância, e eles pensaram numas cinquenta coisas diferentes: os olhos de uma coruja, uma ponta de charuto, o topo de um posto telefónico, uma estrela, uma pedrinha, um inseto esmagado, um ovo podre e assim por diante. Eles realmente estavam com a imaginação a todo o vapor.

Nos dez anos que vão do jardim-de-infância ao liceu, nós tínhamos aprendido a encontrar a resposta certa, mas também havíamos perdido a capacidade de procurar outras respostas certas. Tínhamos aprendido a ser específicos, mas havíamos perdido muito em capacidade imaginativa. Como muito bem observou o educador Neil Postman, quando as crianças vão para a escola, são pontos de interrogação; quando saem, são frases feitas”.

Roger Von Oech – Um “Toc” na Cuca, São Paulo, 1988, p.34


Desafio: comentar o título deste post. Quem se atreve?

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Gotas de poesia

Escada sem corrimão

É uma escada em caracol
e que não tem corrimão.
Vai a caminho do Sol
mas nunca passa do chão.
Os degraus, quanto mais altos,
mais estragados estão.
Nem sustos nem sobressaltos
servem sequer de lição.
Quem tem medo não a sobe.
Quem tem sonhos também não.
Há quem chegue a deitar fora
o lastro do coração.
Sobe-se numa corrida.
Correm-se perigos em vão.
Adivinhaste: é a vida
a escada sem corrimão.

David Mourão Ferreira

Numa livraria perto de si...

O “Grande inquisidor” é o título do mais recente livro do físico teórico português João Magueijo. Para aguçar a curiosidade aqui fica o texto promocional do referido livro, à venda numa livraria perto de si…

"Na noite de 26 de Março de 1938, o físico nuclear Ettore Majorana embarcou levando consigo uma grande quantia de dinheiro e o passaporte. Nunca mais foi visto. Até aos nossos dias, o seu desaparecimento permanece envolto em mistério.
Em O Grande Inquisidor (alcunha por que Ettore Majorana era conhecido entre os colegas), o físico teórico João Magueijo conta a história de Majorana e do seu grupo de investigação, responsáveis pela descoberta casual da fissão nuclear, em 1934. Quando Majorana, o mais brilhante do grupo, começa a compreender as implicações potencialmente letais da investigação em curso, fica perturbado. Ter-se-á suicidado? Terá sido raptado? Terá encenado a sua própria morte para se retirar da investigação científica?"

domingo, 9 de outubro de 2011

"Partly cloudy" - o valor da amizade




Proposta de trabalho para Formação Cívica: esta curta-metragem pode ser o ponto de partida para uma discussão/reflexão acerca da diferença dos outros, a tolerência e o valor da amizade...

sábado, 8 de outubro de 2011

Nobel da Paz de 2011 distingue três mulheres

A luta pelos direitos de participação das mulheres na construção da paz valeu o Prémio Nobel da Paz de 2011 a três mulheres: Ellen Johnson Sirleaf e Leymah Gbowee (ambas da Libéria) e Tawakkul Karman (do Iémen). Em comunicado o comité Nobel reconhece que "não podemos alcançar a democracia e a paz duradoura no mundo a menos que as mulheres tenham as mesmas oportunidades que os homens".


Proposta de trabalho para Formação Cívica: conhecer a vida e a obra das três mulheres laureadas com o Nobel da Paz.

Propostas de atividades para as aulas de Formação Cívica

Semanalmente serão publicadas neste espaço sugestões de atividades diversas que poderão ser exploradas por alunos e professores, no contexto das aulas de Formação Cívica.
Tentaremos incluir recursos (vídeos, textos, músicas) ajustados às diferentes faixas etárias e, com satisfação, estamos abertos à publicação de trabalhos que venham a ser realizados pelos alunos, na sequência das atividades aqui propostas ou outras desenvolvidas no contexto da sala de aula.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Steve Jobs - "Stay hungry. Stay foolish"

Ontem, dia 5 de outubro, a Apple confirmou a morte de Steve Jobs. O fundador da prestigiada marca e criador de produtos como o Macintosh, o iPad ou o iPhone, morreu aos 56 anos de idade, vítima de cancro no pâncreas.
Em jeito de homenagem a Steve Jobs (1955-2011), aqui fica o famoso discurso proferido em Stanford, em 2005, e que segundo a lenda terá sido ouvido e lido por seis milhões de pessoas.
São aproximadamente 15 minutos que merecem a nossa atenção...



Proposta de trabalho para Formação Cívica: diálogo com os alunos acerca dos temas centrais do discurso de Steve Jobs.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Um bom professor pode mudar a vida de um aluno?

Este post é dedicado a todos os professores!

«(…)É uma história sobre as crianças mas também e, sobretudo, sobre o que recordamos da nossa infância. É como um livro da nossa vida, uma análise, uma terapia. Este homem que agora é muito rico e muito famoso nunca se lembra do professor que era tudo para ele. O professor ocupa na sua vida apenas quatro, seis meses e esse tempo, quando se tem 12 anos, parece muito pouco e muito distante. Para mim, era muito importante que não fosse só a história de 1949 mas a história desse professor (...)»
Cristophe Barratier, realizador do filme “Os coristas” (2004)


O ensino na I República - memórias de uma exposição


Com o feriado de hoje pretende-se, no nosso país, assinalar a data da implantação da República (já lá vão 101 anos), mas hoje é também o dia internacional do professor.
Obra do acaso, contingência histórica, dirão uns, mas eu prefiro descobrir algum significado nesta feliz coincidência. Afinal, os ideais da revolução republicana assentavam fortemente na importância da educação, como muito bem demonstrou a exposição «Educar. Educação para todos. O ensino na I República», realizada em 2010, por ocasião das comemorações do centenário da República. A exposição, organizada em diferentes núcleos e com uma forte vertente interativa, conseguiu salientar as inovações introduzidas no ensino pelos republicanos. Uma exposição de acesso livre, mas infelizmente condicionado à cidade de Lisboa… Por fim, relembro uma citação de César da Silva (Terceiro Congresso Pedagógico, Lisboa, 1912); uma citação que não acusa o peso dos anos... Bom feriado!
“ O mais imperioso dever do estado é instruir, porque instruir é enriquecer e dar felicidade”.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

4 de outubro - Dia mundial dos animais


Hoje comemora-se o dia mundial dos animais. O dia 4 de Outubro é também o dia de São Francisco de Assis (1182-1226), o santo padroeiro dos animais e, por muitos, considerado o primeiro ecologista. São várias as iniciativas, organizadas pelos animais humanos, com a finalidade de assinalar este dia.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Para refletir...



Gotas de poesia

Construo o meu pensamento aos pedaços: cada
ideia, que ponho em cima da mesa, é uma parte do
que penso; e ao ver como cada fragmento se
torna um todo, volto a parti-lo, para evitar
conclusões.

Nuno Júdice (1949), ensaísta, poeta, ficcionista e professor universitário português.

Exame de Filosofia como prova específica

No presente ano letivo, os alunos poderão realizar o exame nacional de filosofia, que inclui os conteúdos do programa de filosofia de 10 e 11º ano. Neste sentido, importa divulgar a alteração de elencos de provas de ingresso para a candidatura à matrícula e inscrição no ensino superior nos anos lectivos de 2012-2013, 2013-2014 e 2014-2015

Para mais informações consultar:

http://dre.pt/pdf2sdip/2011/06/112000000/2487224890.pdf