segunda-feira, 13 de maio de 2013

Pensar

«Pensar de pernas para o ar
é uma grande maneira de pensar
com toda a gente a pensar como toda a gente
ninguém pensava nada diferente

Que bom é pensar em outras coisas
e olhar para as coisas noutra posição
as coisas sérias que cómicas que são
com o céu para baixo e para cima o chão»



 Manuel António Pina

segunda-feira, 29 de abril de 2013

IV Encontro dos alunos de EMRC da Diocese de Vila Real

No dia 19 de abril, os alunos dos sétimos e oitavos anos de escolaridade da Escola Secundária/3 Camilo Castelo Branco de Vila Real, participaram no IV Encontro dos alunos de Educação Moral e Religiosa Católica da Diocese de Vila Real que decorreu na vila de Murça.
 
Partiram bem cedo de Vila Real e o Monte de São Domingos serviu de palco para a concentração de aproximadamente 1400 jovens e respetivos professores.
 
Pelas 10 horas, o Bispo da Diocese de Vila Real, D. Amândio Tomás, proferiu a oração da manhã, tendo os presentes reagido com entusiasmo, entoando cânticos de louvor ao Senhor.
 
 
 
 
 
Seguidamente, inicou-se a caminhada em direção à vila. Os alunos das várias escolas seguiram em grupo, exibindo cartazes identificativos de cada escola participante.
 
Assim, um imenso mar de cabecinhas amarelas invadiu a vila de Murça e o coração dos seus habitantes. Os adolescentes saudaram os cidadãos, com alegria e respeito, dizendo bem alto “ Bom dia” e evidenciando um comportamento cívico digno de registo.  
 
Durante o trajeto, puderam deleitar-se com a beleza da Natureza e o trabalho do Homem efetuado na vinha e no olival. A nível patrimonial, admiraram o Pelourinho, os Paços do Concelho, a Igreja Matriz, a emblemática e famosa Porca de Murça, a capela da Misericórdia, o Hospital de Serviços Continuados e a Escola Profissional.
 
A caminhada terminou junto ao Estádio Municipal de Murça, local onde se procedeu ao almoço partilhado e às atividades dinamizadas pelos docentes de EMRC no Espaço Insuflável, Espaço Jogos Tradicionais e Espaço Desportivo. O regresso a Vila Real efetuou-se ao fim da tarde e esta mensagem de Jesus Cristo ilustra, cabalmente, os sentimentos vivenciados neste encontro:"Aquele que crê em mim nunca estará sozinho".
 
 

quarta-feira, 17 de abril de 2013

“Diário de Bordo: Em Be-não-se-dorme…”



Mais um ano volvido, e a tradição volta a cumprir-se: milhares de jovens aproveitam a Páscoa e rumam ao sul de Espanha, para viverem aquela que, como muitos apelidam, “a melhor semana das suas vidas”.

Apesar de com umas significantes diferenças desta tendência (que se diga), não nos fizemos exceção e partimos, por uns belos 6 dias, para a simpática Benidorm.

A jornada começou bem cedo (ou tarde), já passava das 6 horas da matina do dia 21 de março. Embora com alguns percalços pelo caminho (nada que não ficasse resolvido), fizemos uma paragem em Cuenca que, apesar de breve, nos deslumbrou com sua paisagem e com as famosas “Casas Colgadas”. Após esta pausa, a viagem seguiu animada, dentro dos possíveis, mas a verdade é que a malta já começava a acusar cansaço, e o facto do “farnel da mamã” também já ter ido à vidinha,  não ajudava em nada…

Já passava das nove horas da noite (agora falando em “horas espanholas”) quando avistámos a placa “Benidorm”, para a alegria de todos. Chegados ao hotel, com a tralha descarregada na receção, acorremos para a sala de refeições, onde devoramos (literalmente) o que nos ofereceram para o já tardio jantar. O resto da noite foi calminha, aproveitando para descansar e nos instalarmos devidamente (e para fazer umas visitinhas aos quartos vizinhos, que também é preciso).

O segundo dia foi passado no Mundomar, um parque animal, com inúmeras espécies e espetáculos que nos deixaram a todos maravilhados. Alguns do grupo aventuraram-se e foram ao banho com leões marinhos, uma experiência decerto inesquecível. Tudo sem esquecer os suricatas, que nos deixaram a todos pelo beicinho.

O dia acabou em beleza com uma ida a um bar de karaoke, onde alguns de nós deram um verdadeiro show! (e assim se resumem as noites seguintes, que contaram sempre com uma animação de karaoke, apesar de nos termos “mudado” para um outro bar, que era mesmo em frente à praia).

No sábado foi tempo de mais uma viagem, desta vez a Valência, à “Ciudad de las Artes y las Ciencias”, onde contemplamos a arquitetura de Calatrava, vimos espécies animais vindas dos cinco oceanos, bem como um filme a “não-sei-quantos D”, que acima de tudo, proporcionou uma meia horinha de sono (e bem merecida). As cantorias repetiram-se pela noite dentro, e a festa prolongou-se, uma vez mais, pelo hotel “en las habitaciones”…

O talvez mais ansiado dia chegou no domingo, que foi passado no parque temático Terra Mitica, onde aproveitamos cada minuto para estar de cabeça para baixo. Até tempo sobrou para alguns dos mais arrojados, travarem amizades com umas múmias que por lá se passeavam...

E assim chegamos ao derradeiro dia em Benidorm! Após uma manhã aproveitada por muitos para reporem energias, e por outros tantos para conhecer mais da cidade e ir aos “recuerdos” para a gente de casa, decidimos que a tarde seria passada na praia. A paisagem de facto não podia ser melhor, mas esta visita não durou muito, pois o vento decidiu pregar-nos uma partida (mas também será preciso comer um bocadinho de areia de vez em quando!). A noite de despedida, sempre com toda a animação, dividiu-se entre dois bares, porém o karaoke não podia faltar no final!

E assim terminavam as nossas mini-férias por terras de “nuestros hermanos”, seguindo-se uma terça-feira de viagem bem longa, de volta à santa terrinha. Ainda tentámos visitar o Vale dos Caídos, tentativa que saiu falhada devido ao nosso atraso ao almoço.

E assim termino o meu testemunho de uma viagem que, acima de tudo, proporcionou um agradável e sempre animado convívio entre alunos e professores, e que fez nascer quem sabe novas amizades e até novos amores. Ficamos a aguardar assim planos de uma próxima viagem!

Peço desculpa pela extensão, mas garanto que ficou ainda muito mais para contar. Quanto ao título deste texto... bem, os meus colegas saberão decerto compreender.

 
Maria Inês Vale | 11.º G  

 

quinta-feira, 11 de abril de 2013

3º Encontro Nacional dos alunos de EMRC do Ensino Secundário

No âmbito do Ano da Fé, os jovens foram convidados a “descobrir de novo a alegria de crer e reencontrar o entusiasmo de comunicar a fé” (Bento XVI).

 
Assim, nos dias 5 e 6 de abril, os alunos da Escola Secundária Camilo Castelo Branco de Vila Real, conjuntamente com os alunos da Escola Secundária de Vila Pouca de Aguiar, representaram o distrito-diocese de Vila Real e, com alegria e convicção, participaram no 3º Encontro Nacional dos alunos de EMRC do Ensino Secundário, subordinado ao tema: “Encontro muitas razões para conviver”. Esta frase-chave sintetiza as vivências tidas durante estes dois dias: oportunidades de convívio, partilha, conhecimento, reflexão, oração e diversão por jovens de vários quadrantes do país, com algo em comum…

O Encontro revelou-se um momento especial de comunhão dos jovens com Deus, como se pode ler em alguns dos testemunhos registados: “…Apesar de alguns momentos serem bons, houve outros que foram mesmo especiais… Foi uma experiência única, divertida e surpreendente…Foi incrível conhecer tanta gente e fazer tantas atividades em conjunto…Fez e continua a fazer com que o nosso horizonte se alargue…A ideia de união e o espírito humano que estiveram presentes nestes dois dias foram sem dúvida marcantes e permitiu-nos um encontro diferente com Deus…A união, a solidariedade e a amizade foram mais fortes…Agradecemos ao J.C. por nos ter unidos neste encontro…Queremos voltar a unir-nos desta forma tão descontraída…Queremos repetir!!!”.


Notícia enviada pelo professor Paulo Santos, docente de EMRC na Camilo.

terça-feira, 9 de abril de 2013

“CONTA-ME UM SONHO”, contas?

Conta-me um sonho” é um projeto de uma aluna da nossa escola, Inês Martins do 12ºE do curso de opção Artes Visuais, a concretizar no âmbito da disciplina de Oficina de Artes, como “ Projeto Individual”. O trabalho conforma-se, numa primeira etapa, pela recolha de sonhos, que ocorreram durante a altura do sono, contados por aqueles que se disponibilizarem a colaborar. Assim, na biblioteca da escola, de 8 a 12 de Abril, estará um livro onde poderão registar um dos vossos sonhos.

Os vossos sonhos são os “ingredientes” para o trabalho da aluna, que irá recriar plasticamente as narrativas sonhadas por vós e por ela. O trabalho resultante desta recolha será exposto no final de Maio, com data divulgada atempadamente, num espaço da nossa escola, e é um meio de recontar os sonhos de todos os que participarem neste desafio.
Na impossibilidade de possuir os sonhos de outras pessoas, eles serão de novo devolvidos sob forma de desenhos, ilustrações e instalações.
Trata-se de um projeto que conta contigo e conta com o teu sonho.


“CONTA-ME UM SONHO” e ele será recontado.
Obrigada.

O Lugar dos Afetos

No dia 4 de abril, os alunos do 9º ano de escolaridade, acompanhados pelos diretores de turma, pela enfermeira Vanessa Monteiro e alguns professores, efetuaram uma visita de estudo ao Lugar dos Afetos (Parque Temático de Aveiro - Fundação Graça Gonçalves), no âmbito do Projeto de Educação Sexual e do Programa PRESSE.
Num dia de intensa chuva, partimos bem cedo de Vila Real. À medida que nos aproximávamos de Aveiro, o cinzento da chuva desapareceu e deu lugar a um belíssimo e saudoso dia de Sol.
Tudo se conjugava para que a visita fosse um sucesso!
E assim aconteceu!
Chegados ao Lugar dos Afetos, sentimo-nos num ambiente mágico! Deparamo-nos com um espaço constituído por várias casas temáticas (Casa Romance, Casa Estações da Ternura, Casa Guarida da Esperança entre outras), incluindo ainda caminhos, jardins e recantos muito especiais.
Fomos recebidos e guiados por dois excelentes contadores de histórias que nos levaram à descoberta do caminho para chegar ao coração de nós próprios e dos outros.
Os alunos tiveram a oportunidade de interagir com jogos de afetos que visavam, nomeadamente, melhorar a autoestima, a autocomunicação e a autodecisão; aprender a gostar dos outros; fazer florescer os afetos; caminhar para o coração e transformar as mágoas num gesto de amor.
Após a visita a este encantador parque, dirigimo-nos para o Fórum Aveiro, local onde almoçámos. Aproveitámos, também, para passear junto à ria e apreciar o vaivém colorido dos moliceiros.
Regressámos a Vila Real a meio da tarde, satisfeitos e convictos de que tínhamos atingido os objetivos propostos, visto que visitámos um lugar que celebra o amor nas várias fases da vida e transmite a ideia de que pode existir um mundo melhor, feito com o nosso contributo.
 
                                                                                                              Os diretores de turma de 9º ano

Sugestão de leitura do mês de abril

A sugestão de leitura do mês de abril é o livro "No meu peito não cabem pássaros" de Nuno Camarneiro.
O escritor, natural da Figueira da Foz, licenciou-se em Engenharia Física pela Universidade de Coimbra e doutorou-se em Ciência Aplicada ao Património Cultural em Florença. O trabalho realizado no CERN (Organização Europeia para a Investigação Nuclear) e a participação na companhia teatral Bonifrates e no grupo musical Diabo a Sete enriquecem também o currículo deste autor.
Atualmente é professor na Licenciatura em Conservação e Restauro da Universidade Portucalense do Porto e investigador na Universidade de Aveiro.
Venceu a quinta edição do Prémio Leya com o romance "Debaixo de algum céu". 
 
 
“No meu peito não cabem pássaros” é o primeiro romance de Nuno Camarneiro. Um livro inteligente sobre três figuras fascinantes: Kafka, Pessoa e Borges.
 

"Que linhas unem um imigrante que lava vidros num dos primeiros arranha-céus de nova iorque a um rapaz misantropo que chega a lisboa num navio e a uma criança que inventa coisas que depois acontecem? Muitas. Entre elas, as linhas que atravessam os livros. Em 1910, a passagem de dois cometas pela Terra semeou uma onda de pânico. Em todo o mundo, pessoas enlouqueceram, suicidaram-se, crucificaram-se, ou simplesmente aguardaram, caladas e vencidas, aquilo que acreditavam ser o fim do mundo.
Nos dias em que o céu pegou fogo, estavam vivos os protagonistas deste romance - três homens demasiado sensíveis e inteligentes para poderem viver uma vida normal, com mais dentro de si do que podiam carregar.
Apesar de separados por milhares de quilómetros, as suas vidas revelam curiosas afinidades e estão marcadas, de forma decisiva, pelo ambiente em que cresceram e pelos lugares, nem sempre reais, onde se fizeram homens. Mas, enquanto os seus contemporâneos se deixaram atravessar pela visão trágica dos cometas, estes foram tocados pelo génio e condenados, por isso, a transformar o mundo. Cem anos depois, ainda não esquecemos nenhum deles.
Escrito numa linguagem bela e poderosa, que é a melhor homenagem que se pode fazer à literatura, No Meu Peito não Cabem Pássaros é um romance de estreia invulgar e fulgurante sobre as circunstâncias, quase sempre dramáticas, que influenciam o nascimento de um autor e a construção das suas personagens."

In http://www.wook.pt/ficha/no-meu-peito-nao-cabem-passaros/a/id/10952321